sábado, 7 de novembro de 2009

Pedante


Cito Hilário Franco Jr.
Diz as palavras são sempre problemáticas
Como explicar o passado com palavras que não soem estranhas e pedantes aos não especialistas?
Angústia similar
A de um professor de história
Não com as palavras...
Mas com qualquer conhecimento que não pareça pedante
a jovens neófitos diante de tudo

sábado, 22 de agosto de 2009

será que estrada

Será que estrada, estranha e estrangeira tem a mesma origem?
Por um segundo, um terceiro foi o primeiro.
No mesmo lugar um mesmo lugar comum...
Sempre, promessas demais
21/08/2009

LESTRANGÊ

(depois de ler cometi)

Dizem que não sou estrangeiro
Só porque nasci aqui
Ora
Desconhecem o que é ser
Aliás desconhecem tanto
Tantas
Que ignoro
Antes
Se não sou
Porque tenho este olhar assim
Sempre fixando lá
Porque por motivos tolos
Sinto-me intocado
Embaralham-me o fato
Não choro
Este é meu fado

(20/07/2009)

o ciclista e o touro

Na madrugada
Fria e escondida
Olhos inda nublados
Silêncio

Esforço
Subida
Lentidão
Continuidade

Devagar
O ar gelado
Penetra
Infla
Vai que dá
O joelho
O pé
A perna
O pedal

Ritmo que vai indo

(07/07/2009)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Em Vieira Calado

Palavrar

Pra lavrar pra larvas
Palavras leves
Pra lavrar pra lerdos
Palavras ralas
Palavrar plural
Plenitude nada igual
Palavrar palavrões
Palivres
Algo está errado
Inspirado em Vieira Calado e seu “Para Louvar as Palavras”.
http://vieiracalado-poesia.blogspot.com/2009/08/para-louvar-as-palavras.html
Humildemente desculpe poeta. Cometi.
No entanto, perdoa-me, se houver como controlar-me não cometo, mas...

21 de agosto de 2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

PORTUGAL

Meu Amor
PORvITOR
Para Anita
21/07/2004
Vai lá
Ao ar
“noire”
voar


Voltar a Portugal
Onde nunca estive
Altera
Ou
É igual?



Muda o olhar
Mas a alma...
Continua nada
A navegar
Onde está o meu amor?

DOIS TEMPOS


Nunca nada
Tudo sempre

Há na cidade
Avenida
Vai e vem
Um homem só
Atravessa
A ronda
A roda
Redonda
A roca
Ribomba
Espoca
A bomba
A moto
Tantan
E rompe
O sangue no concreto ácido
A moça
Soluça
E rompe de novo o silêncio
O rouco
Ronco
Do motor
Buzina
Sai da frente menina!


15/03/2003


Repente
Se repete

Na avenida
Vai e vem
Um homem só
Pedala
A ronda
A roda
Redoma
Ribomba
Espouca
A bomba
A moto
Tantam
Irrompe
Sangue ácido no asfalto
A moça
Soluça
E rompe de novo
O rouco
Ronco
Do motor
Buzina
Sirene
E o grito irritado
Sai da frente menina!


02/07/2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009

poemeto cíclico

mover os pedais da cíclica engrenagem


no ciclo da vida




reto rumo ao objeto




íngreme aclive imenso cansaço na infinita subida que não termina infindável continuidade




ou, na descida veloz
na placa que passa




a distância é um asfalto abstrato




aí cito Vieira Calado
aventura em direção a Campinas 20 e 21 de junho de 2009